INSTRUÇÃO: Leia atentamente a crônica literária abaixo e responda à questão.
Aos poucos pesa em nosso corpo (e na alma não menos) a realidade de que o rio que empurra a vida não é miragem. Manchas, rugas, cansaço, impaciência e, sempre espiando atrás das portas, o medo: estou fora dos padrões, fora do esquadro, devo impedir isso, preciso mudar? O grande engodo da nossa cultura nos convoca: a endeusada juventude tem de ser a nossa meta.
Correr para frente, voltados para trás.
Ou nascemos assim, querendo permanência e achando, infantilmente, que criança não sofre, adolescente não adoece, só na adultez e na maturidade, pior ainda, na velhice, acontecem coisas negativas. Esquecemos a solidão, a falta de afeto, a sensação de abandono, o medo do escuro ou da frieza dos adultos, tudo o que nos atormentou nesse frágil paraíso chamado infância, ainda que ela tenha sido boa.
(LUFT, Lya. O tempo é um rio que corre. Rio de Janeiro: Record, 2014.)
A respeito da crônica, analise as afirmativas.
I - O segmento (e na alma não menos) conota que, para a narradora, o corpo sofre alterações ao longo do tempo, o que não acontece com a alma.
II - A frase Correr para frente, voltados para trás remete à outra anterior: a endeusada juventude tem de ser nossa meta.
III - Para a narradora, em todas as fases da vida, as pessoas passam por sofrimentos, por coisas negativas, não somente na maturidade.
IV - Manchas, rugas, cansaço, impaciência são marcas do medo dos adultos em relação à chegada do envelhecimento.
Está correto o que se afirma em
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